Especial Oscar 2011 – Melhor Filme #2
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O Oscar será no dia 28 de fevereiro e os 10 indicados a melhor filme são: Cisne Negro, O Vencedor, A Origem, Minhas Mães e Meu Pai, O Discurso do Rei, 127 Horas, A Rede Social, Toy Story 3, Bravura Indômita e Inverno da Alma.

Vamos conferir mais três reviews de Paulo Ricardo e apostar quem leva esse prêmio!

O longa Minhas Mães e Meu Pai (The Kids Are Allright) é um dos favoritos ao Oscar; e não será surpresa se ganhar alguma estatueta. Dirigido por Lisa Cholodenko, e estrelado por Julianne Moore, Annett Benning, Mark Rúfalo, Josh Hutcherson e Mia Wasikowska, o drama mostra uma família, cujos pais são um casal de lésbicas, que enfrentam os problemas quando o doador do esperma surge na rotina da família. “Minhas Mães e Meu pai” é um raríssimo filme, um filme realmente bom, que merecia mais atenção, no meio de tantos blockbusters que só existem para faturar dinheiro.

Nic (Annett Benning) e Jules (Julianne Moore) são um casal de lésbicas que tem dois filhos, onde cada um nasceu de uma delas: Joni (Mia Wasikowska, a Alice de Tim Burton) e Laser (Josh Hutcherson). Tudo está indo bem na família, até Laser pedir para sua irmã, que já completou 18 anos, ligar para o centro de doação de esperma, a fim de conhecer o pai biológico. Tudo acontece como ele queria, e os dois irmãos vão conhecer o seu pai, Paul (Mark Rúfalo). Mas a entrada de Paul na vida da família, não vai só trazer alegria, e sim problemas também, e eles tem que resolver isso para viverem em paz novamente.

Minhas Mães e Meu Pai é um maravilhoso e delicioso drama, pode ser dividido em dois momentos: a primeira parte é divertida, deliciosa de se assistir, e que torcemos para que tudo dê certo na família tão perfeita, aparentemente. A segunda parte é mais dramática, triste, que é quando a família começa a romper o laço de harmonia entre eles. As duas partes, bem distintas, são excelentes e a história é muito bem levada adiante. Todas as atuações são perfeitas e dignas de Oscar, principalmente as das duas mães. A médica Nic é uma mulher mais séria, na dela, mais careta digamos, e é um pouco estressada demais com a vida. Já Jules é bem ao contrário: ela não tem um emprego fixo, é mais liberal, divertida, brinca mais com os seus filhos. Os filhos de Nic e Jules deveriam ser tipicamente americanos: revoltados, inquietos, bagaceiros e extremamente complicados; mas não são. E eles se dão muito bem com o fato de ter duas mães na família. Joni é uma menina certinha, mais chegada à família, que acabou de completar 18 anos; Laser é um garoto de 15 anos, também mais família, mais quieto, cheio de dúvidas e questionamentos, que tem a vontade de conhecer o pai. E Mark Rufalo, que está no seu melhor papel dos últimos anos, interpretando Paul, um pai esquisito e sem muitas responsabilidades. E juntando todas essas atuações, temos um ótimo elenco que consegue se manter durante o filme todo, junto com o seu maravilhoso enredo, também digno de Oscar.

O problema começa com a aparição do pai doador na vida da família, e isso começa a afetar emocionalmente as duas mães, principalmente a personagem de Annett Benning, que é mais certinha e não gosta nem um pouco do jeito largado do pai. E os problemas se intensificam quando Paul convida Jules para trabalhar no jardim dele, na sua casa. Um fato muito bom que o filme propõe, é que a família de Nic e Jules, é extremamente normal, como se fossem uma família comum, mostrando os momentos felizes e as dificuldades; e mostrando também que uma família assim pode muito bem ser normal.

Enfim, Minhas Mães e Meu pai é um ótimo filme e merece todos os prêmios de atuação, roteiro e até filme. Vamos torcer para que o filme consiga essa façanha no Oscar 2011.


Filmes sobre o reinado Britânico e coisas do tipo, nunca me chamaram atenção, e os que eu assisti, achei nada demais. Mas claro que, um filme indicado à 12 Oscar, o filme com mais indicações desse ano, além de ter Colin Firth no elenco, poderia ser diferente, e foi. Isso foi ajudado por ter um tema bastante interessante, e totalmente diferente em um filme assim: pessoas gagas. Imagina um Rei ser gago; ele que tem que fazer pronunciamentos ao vivo, onde sua voz tem que passar confiança para o seu povo. O filme britânico O Discurso do Rei (The King's Speech, 2011) é baseado em fatos reais sobre Albert Frederick Arthur George, o pai da atual rainha britânica, Elizabeth II.

O duque de York, Arthur George (Colin Firth) é gago desde os quatro anos, e ao longo de sua vida, não vem se importando muito com isso, já que ele não será o sucessor de seu pai no trono, e sim seu irmão Edward (Guy Pearce). Mas com seu pai ficando cada vez mais doente, e os escândalos que seu irmão anda fazendo, o duque começa a acreditar que ele será o sucessor do trono, mesmo não acreditando completamente. Sua esposa, Elizabeth (Helena Bohan Crater) começa a procurar vários especialistas para resolver o problema de seu marido, até encontrar o estranho médico Lionel Logue (Geoffrey Rush). Apesar de seus métodos estranhos, ele consegue a confiança da família real, e cabe a ele resolver o problema do duque, que em breve terá que enfrentar esse medo de gaguejar para o momento mais importante de sua vida, e da história da humanidade.

O Discurso do Rei não é apenas um filme sobre à família Britânica que não faz nada, e vai muito mais além: ele mostra o medo e a superação de uma das pessoas mais importantes do mundo, de uma forma tão legal que prende a atenção do espectador. O principal responsável por isso é o excelente ator Colin Firth, que ganhou o Globo de Ouro de ator em drama por esse filme, além da indicação ao Oscar pelo mesmo. Ele se entregou totalmente ao papel, interpretando um rei gago como se ele realmente fosse um, mostrando suavidade, sutileza, e agressividade em alguns momentos, da forma mais natural possível. O seu parceiro de cena também esteve muito bem, mas não tanto quanto o protagonista: o médico Lionel Logue, interpretado por Geoffrey Rush, que também foi indicado ao Globo de Ouro, só que de ator coadjuvante, e está indicado ao Oscar na mesma categoria. Lionel é o médico que vai curar George, mas ele vai além disso: ele se torna um psicólogo ao ouvir seus problemas, e no final das contas, acaba se tornando um grande amigo do duque. Entre discussões e papos de amigos, além do estranho e engraçado tratamento de Lionel, os dois tem uma ótima química em cena, e levam o filme adiante sem nenhuma preocupação. E junto a essa dupla "de reis", está a esposa do duque, Elizabeth, interpretada por Helena Bohan Carter, esposa de Tim Burton, e que foi indicada ao Globo de Ouro de atriz coadjuvante e também ao Oscar na mesma categoria. Diferente das personagens que tem interpretado, ela está decente e atuando com sutileza, exatamente como uma duquesa e futura Rainha.

O roteiro do filme é simples e direto, e apresenta um momento histórico importante para a história da humanidade. A época que se passa o filme, é momentos antes de começar a Segunda Guerra Mundial, sendo essa parte mostrada mais para o final. Para dar um toque mais real sobre esse fato histórico, o diretor mostra o ex-duque assistindo cenas reais do ditador alemão Adolf Hitler, que acredito que estava falando sobre a guerra. Eu achei super interessante ressaltarem isso no filme, e fatos assim ajudam o filme a ser mais prestigiado. No início do filme, seria apenas um duque indo ao médico para curar sua doença, mas ao decorrer do longa, o duque terá mais responsabilidades do que imaginava, e teria que fazer o tão esperado "discurso do rei" em um momento extremamente importante. E por fim, ainda falta ressaltar o excelente figurino, o cenário real e a belíssima fotografia mostrando muito bem a época dos anos 30.

O Discurso do Rei é muito mais do que um filme mostrando a vida da família real, e quase nem é isso, e sim uma história de superação onde a voz de um homem é a coisa mais importante para uma nação. Em uma época onde um país estava à beira do início de uma terrível guerra e pessoas precisavam de uma voz forte e confiante os confortando, um futuro Rei não tinha nada disso. Com uma ajuda nada certa, consegue fazer o tão importante discurso que mudaria não só a história de uma nação e o mundo, mas também a superação de um Rei com um problema que qualquer pessoa pode ter. O Discurso do Rei é um dos favoritos ao Oscar de melhor filme, mas acho que não vai ganhar o principal prêmio, já que não é um filme americano, e o Oscar é. O filme é um grande concorrente com o outro favorito, A Rede Social.


127 Horas (127 Hours, 2010), dirigido por Danny Boyle, é um drama baseado em fatos reais, sobre um alpinista que fica preso no meio de uma rachadura em um enorme canyon, nos EUA. O filme acompanha as 127 horas que personagem de James Franco fica preso no lugar. A história se passa em 2003, quando o alpinista Aaron Ralston (James Franco) resolveu fazer uma escalada nas montanhas de Utah, nos EUA. Durante a escalada, ele sofre um acidente e fica preso em uma pedra, numa fenda no meio da enorme montanha. Aaron não avisou ninguém onde ia escalar, e o filme mostra as 127 horas (5 dias) que o personagem fica preso, tentando sobreviver com o pouco que ele tem.


127 Horas é um filme que, a maioria do tempo, se passa em um único lugar, além de que o personagem de James Franco aparece sozinho a maior parte do filme, com exceção das lembranças de Aaron durante o filme. E se você pensa que vai ser tedioso, está enganado. O ator leva muito bem o filme adiante, com uma atuação convincente e maravilhosa, nos passando muito bem todo o desespero que personagem passou. Mesmo nas situações mais difíceis e horríveis que alguém pode passar, ele não perde o humor, a ironia e a sensibilidade, e nos apresenta uma maravilhosa atuação. E apesar do desespero de ficar preso ali e morrer, ele nunca perde as esperanças de conseguir sair com vida, exatamente como diz a frase que aparece no trailer: "Não há força mais poderosa na Terra do que a vontade de viver". É tão bom saber que um ator da nova geração tem talento o suficiente para conseguir manter um filme sozinho, e com certeza, James Franco terá o mesmo respeito que os grandes atores veteranos têm agora.

Além da ótima atuação do ator, outro atrativo é a fotografia linda do filme. As paisagens no meio dos Canyons são perfeitas e maravilhosas, embaladas numa excelente trilha sonora, com destaque para If I Rise, de A.R. Rahman e Dido, que foi indicado ao prêmio de melhor canção. 127 Horas mistura cenas reais com as lembranças vividas do personagem, que o ajudam a superar todo o problema que está passando. E as vezes, o diretor mostra cenas do que o personagem imaginava que queria que acontecesse, deixando a gente na dúvida se é verdade ou imaginação dele.

127 Horas é tenso, angustiante e ao mesmo tempo é um filme maravilhoso e inspirador, sobre a vontade de viver e todo o sentimento de culpa pelos atos que o personagem fez durante sua vida. É como se a pedra que o prendeu, e todo esse momento, fossem um teste para ter uma segunda chance na vida, e mudar tudo que fez de errado. E é exatamente isso que o filme propõe, como até o próprio personagem diz: "Essa pedra esteve me esperando desde o momento que eu nasci." James Franco é um forte concorrente ao Oscar de Melhor Ator, e merece o prêmio. Vamos torcer para que a academia dê o prêmio a ele. 127 Horas estréia no Brasil dia 18 de fevereiro.







Para conferir mais sobre a sétima arte acesse: http://paulo-am.blogspot.com




11 comentários:

Art Deluxe disse...

Hum.. devo dizer que discordo em vários aspectos sobre o que foi dito a cerca de cada candidato a estatueta. Mas cada um tem a sua impressão, sua opnião.
Enfim, veremos quem vai levar esse título.

Beijos nathane!

Tá Chovendo Letras

Duda disse...

Não consegui assistir Minhas mães e meu pai e não me conformo com isso até hoje, só ouço elogios ao filme... Quanto a O discurso do rei, está em cartaz aqui e acho que vou assistir nesse final de semana, parece ser ótimo!
Beijos,
Duda - The Nicest Thing

Caue1507 disse...

assisti ao trailer d todos, mas oq mais me chamou a atenção msmo foi 127 horas^^

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hangover at 16

Carolina disse...

To doida pra ver O Discurso do Rei e 127 Horas.
Confesso que não tinha ouvido falar sobre Minhas Mães e Meu Pai e estou me sentindo inculta agora D:

Beijos xx

It Cultura disse...

Dos três, por enquanto só vi 127 Horas. Adorei, ótima atuação do James Franco. Muita angústia o filme inteiro, mas vale a pena.

Estou doida para ver O Discurso do Rei!

Bjs,
Kel - It Cultura
http://www.itcultura.com

Rober disse...

Não assisti ainda a todos os outros indicados, mas gostei bastante de "minhas mães e meu pai" e do "Cisne Negro". Adoraria que "minhas mães..." ganhasse algum prêmio, ao mesmo tempo, eu meio que perdi a fé no Oscar, para mim é um prêmio sem credibilidade, por mais status que tenha. Que vença o melhor, estou torcendo por todos. Não vejo a hora de conseguir assistir aos outros indicados.

Amanda Cristina disse...

Olá! Tudo bem? ;)
Gostaria de saber se aceita fazer parceria com meu blog (www.primeiro-livro.com} ? A famosa 'troca de banners'.
Desde já, meu muito obrigada.

Glaucea Vaccari disse...

Ainda não assisti nenhum desses, então nem posso dar uma opinião.
Mas dos três o que mais me chama atenção é 127 horas *-*

Karol (Blog Miss Carbono) disse...

Ainda não vi nenhum desses o.o

tenho que me apressar pq quero ver todos até a data do Oscar =P

teh mais

Mariana Ribeiro disse...

Ainda não assisti nenhum desses #chora!! O Oscar já está chegando, mas tem tantos outros filmes na fila que nem sei quando vou poder assistir aos indicados para a estatueta.
Gostei mais uma vez deste post Thanny!
Bjos.

Mariana Ribeiro
Confissões Literárias.

Jeh Asato disse...

Nossa, não vi nenhum destes filmes ainda... =/
Eu vi o trailler só do primeiro e do último. No começo, achei que 127 horas seria bem filme caseiro sabe? Mas meu irmão disse que é muito bom, então talvez eu assista!
=)
E não sabia que O discurso do rei era baseado em um livro!! *-*
Mas não é o tipo de filme/livro que chama minha atenção...

Beijos!
xoxo

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