Especial Oscar 2011 – Melhor Filme #4
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Olá, leitores cinéfilos! Amanhã será a grande noite do Oscar e hoje terminamos o nosso especial de melhor filme com as reviews de Paulo Ricardo. No menu lateral tem uma enquete, quem você acha que vai ganhar esta categoria?

Confira as reviews e opine:

O Adeus de Woody
Quando estreou em 1995, Toy Story revolucionou o cinema e a animação, e foi a porta de entrada para um novo modo de fazer desenhos. Eu lembro que tinha 9 anos quando fui assistir no cinema o primeiro filme, e me apaixonei de cara, porque mostra uma história simples mas bem elaborada, sobre um assunto que ninguém tinha pensado antes, e que depois, todos queriam que realmente fosse assim: brinquedos que se mexem e falam. Além disso, Toy Story nos dá uma lição de moral, além de ter personagens extremamente carismáticos, e por isso atrai não só crianças, mas também adolescentes e adultos. Quatro anos depois, é lançado a segunda parte, com novos personagens e nova história. Todos os elementos do primeiro filme estão presentes nessa segunda parte, sendo tão boa quanto o primeiro. Mas a história estava inacabada, e precisava de mais um episódio, quem sabe um episódio final. E onze anos depois, a Pixar lança Toy Story 3 (Toy Story 3, 2010), com grandes expectativas de ser a animação do ano. E foi exatamente isso que aconteceu: Toy Story 3 foi um sucesso de público e crítica, e trouxe de volta todos os elementos dos dois filmes anteriores, com mais personagens, nova história, novas cenas memoráveis e mais lição de moral. 

Andy cresceu e está indo para a faculdade, e agora ele precisa deixar de lado seus brinquedos e seguir com a vida, mas claro, sem abandoná-los. A mãe de Andy pede para ele separar os brinquedos que quer guardar e os que vão para a doação, e claro que os brinquedos dele vão para o sótão, onde ficarão livres e prontos para quando Andy quiser relembrar os velhos tempos. Mas algo dá errado, e, por engano, Woody e seus amigos vão parar em Sunyside, uma creche. Lá, eles conhecem o urso Lotso, que diz que a creche é o melhor lugar para ficar, onde eles nunca serão esquecidos, e sempre terão novas crianças para brincar. Todos adoraram o lugar e a idéia de que poderão brincar para sempre, e todos acham que Andy os abandonou de verdade. O único que não acredita é Woody, que logo descobre que a creche não é bem o que o ursinho disse, e ele tem que resgatar seus amigos antes que Andy vá para a faculdade, e esqueça de vez seus brinquedos. 

Qual a melhor forma para terminar a saga de Toy Story, sem que Andy cresça e que deixe seus brinquedos de lado (da melhor forma possível, claro) para seguir sua vida adulta? Toy Story 3 foi perfeito, e não tinha como fazer melhor, e nem como acabar melhor. Desde a primeira cena, a clássica cena onde Andy brinca com os seus brinquedos, já sabemos que terá muita aventura, ação, diversão, risadas e muita emoção. O filme não tem nenhum defeito e nenhuma coisa errada, e as piadas repetidas têm uma roupagem nova e diferente: Buzz se achando que realmente é um patrulheiro espacial, e Jessie com medo de ser abandonada, além dos ataques eufóricos e preocupados do Rex, por exemplo. Mas o filme nos mostra novas piadas, novos acontecimentos, e novas cenas memoráveis, como a super engraçada cena do encontro de Barbie e Ken, além de ele insistir que não é um brinquedo de menina; mas ele é sim, não? Toy Story 3 é um filme que vai emocionar principalmente adolescentes e adultos que acompanharam a história nos cinemas desde o primeiro longa, quando eram pequenos. O filme toca em assuntos como a amizade, amor, e agora, o adeus e a despedida, que é inevitável, tornando o filme mais melancólico e triste de todos da série. 

Mas a parte triste fica bem para o final, e antes, somos nocauteados com humor e muita diversão, num roteiro que nos contagia de uma forma incrível, embalada em uma excelente trilha sonora, lembrando as outras canções dos dois filmes anteriores. Em Toy Story 3, as aparências enganam, e muito, e assuntos como lealdade, liderança e julgamento pela aparência, estão presentes; e essas são as lições de morais mais presentes no filme. Apesar de o ursinho Lotso ser malvado com Woody e seus amigos, conseguimos ter pena de tudo o que aconteceu com ele, mas claro, até um certo ponto. Depois de tanta aventura, correria, trabalho em equipe, lições de morais, risadas, ação e emoção, chega a parte mais emocionante do filme: a despedida de Andy com seus brinquedos. Aqueles de coração mais sensível, e principalmente aqueles que acompanham a trajetória do trio Andy-Woody-Buz, desde o início, vão se emocionar e chorar com o desfecho mais que perfeito e digno de fechar uma série de filmes mais importantes do cinema. A forma como o diretor explorou essa cena foi espetacular, e é impossível não deixar cair alguma lágrima, ou então, ficar apreensivo com a situação. E mesmo Andy estar crescido, a gente percebe o enorme carinho que ele tem com seus brinquedos, principalmente na cena em que ele analisa a pessoa escolhida, brincando com os outros brinquedos. E quem será que Andy escolheu para cuidar de seus brinquedos? E será que foi Andy mesmo que escolheu?

Toy Story 3 é sensível, emocionante, melancólico, triste, engraçado, repleto de ação e muita emoção, e fechou com perfeição a melhor série de animação da história do cinema. Será que teremos mais um filme? Toy Story 3 foi lançado em cópias 3D, que nem teve muita diferença, e faturou uma enorme bilheteria de mais de U$$ 1 BILHÃO de dólares, sendo sucesso, também, de crítica. O filme está indicado na categoria Melhor Filme e Animação. Melhor filme não vai ganhar, porque COM CERTEZA, e MUITO MAIS QUE CERTO, já vai ganhar o Oscar de Melhor Animação. 

Trio com Bravura Indômita
Para quem gosta do bom e velho gênero esquecido, o Faroeste, os irmãos Joel e Ethan Cohen nos prepararam um excelente filme do gênero: Bravura Indômita (True Grit, 2010), refilmagem do longa de mesmo nome, lançado em 1969. O filme retorna às raízes do gênero, e nos trás um ótimo filme sobre vingança, bravura e dinheiro. Bravura Indômita é estrelado por Jeff Bridges (Indicado ao Oscar), Matt Damon, Josh Brolin e Hailee Steinfield (indicada ao Oscar de Atriz Coadjuvante).

Mattie Ross (Hailee Steinfield) é uma garota durona que teve o seu pai assassinado por Tom Chaney (Josh Brolin). Ela quer vingança pela morte do pai, e contrata o velho bêbado e rabugento Rooster Cogbrum (Jeff Bridges), um oficial da justiça. Ainda se junta a eles, o "Texas Ranger" LaBeouf (Matt Damon), que também está a procura de Tom Chaney. Mattie quer vingança, Cogbrum e LaBeouf querem dinheiro, e juntos, eles partem em busca do assassino, onde eles tem que deixar as diferenças de lado e se unir para conseguir o que querem. 

Nunca me interessei muito pelo faroeste (western), e um dos poucos filmes do gênero que assisti e acabei não achando nada demais, foi o clássico de Clint Eastwood, Os Imperdoáveis (The Unforgiven, 1992). O que me chamou a atenção em Bravura Indômita foi o enredo e como as coisas iam acontecer durante o longa. O roteiro do filme é realmente muito interessante e te prende a atenção desde o início, deixando a gente na vontade de ver o que vai acontecer. E o que ajuda nisso também, são os personagens engraçadíssimos: Cogbrum e LaBeouf tentam ser durões, mas eles conseguem ser bem engraçados, graças a Jeff Bridges e Matt Damon: Cogbrum é um velho que bebe toda hora e acha que é o dono da razão; e Labeouf é um "Texas Ranger"que se orgulha por ter passado necessidades em uma de suas aventuras, e fica se gabando por ser um "Texas Ranger". Jeff e Matt estão ótimos nos papéis, e conseguem com facilidade cativar o público e nos fazer rir, com as brigas que eles têm por se acharem um melhor do que o outro. 

Quem se destaca bastante é a jovem atriz Hailee Steinfield, que interpreta a garota em busca de vingança pela morte do pai. Assim como Jennifer Lawrence em Inverno da Alma, a personagem de Hailee é extremamente madura, e se mostra mais durona e eficiente que os próprios dois oficiais. Desde o início ela se mostra capaz de resolver os problemas, tem língua afiada, corajosa e não cede fácil nas propostas dos outros, se mantendo firme e ganhando a causa no final. Pode-se dizer que ela é a Bravura Indômita do título do filme. Com três personagens ótimos, mérito dos atores, era de se esperar que os três tivessem uma química boa no filme. Mesmo eles sendo um pouco diferentes, cada um aprende um com o outro, e apesar das várias discussões ao longo do filme, eles se tornam "amigos". 

Não se pode deixar de falar da excelente fotografia do filme, mostrando lugares lindos, que passam muito bem a sensação de estar no velho oeste. Além disso, o filme tem um belo final, melancólico, bonito e muito bem planejado pela história do filme, e pelos sentimentos que os personagens tem entre si. No fim, Bravura Indômita é um excelente filme que relembra o gênero faroeste de antigamente, com direitos a batalhas e revanches com arma e tudo. O longa pode ser um grande concorrente ao prêmio de melhor filme, além de ator e atriz coadjuvante; esse último prêmio é muito merecido para a atriz Hailee Steinfield. Mas eu pensei que ia ter um elemento básico dos filmes de faroeste: os famosos duelos entre o vilão e o mocinho, onde apenas um deles sai com vida. Bravura Indômita estreia nos cinemas nessa sexta feira, dia 11 de fevereiro. Uma curiosidade: os diretores Joel e Ethan Cohen não assistiram o filme original, lançado em 1969. Eles não queriam fazer uma cópia do original, e sim uma versão deles baseado no livro que deu origem ao longa original.

Para conferir mais sobre a sétima arte acesse: http://pauloam.blogspot.com



3 comentários:

Vanessa disse...

Oscar é hoje *-* quero ver, mas é de noite poxa e tenho aula no dia seguinte. Mas vou dar um jeito, eu acho UASHAUSHUAHSU adorei o post (:

Beijos, Vanessa
This Adorable Thing

larissa c. disse...

Já estou quase chorando só de ler isso do toy story, isso porque ainda nem vi heim!
Sentimentalismo.... haha

Provavelmente não vou ver o Oscar, mas enfim...

E a promoção continua lá no blog!

Beijos,
A Place That I Belong
http://laricmello.blogspot.com/

Karol (Blog Miss Carbono) disse...

Toy Story foi um dos unicos filmes que estão concorendo ao Oscar e que eu assisti. É uma graça mesmo, acho que é mais emocionantes para os adultos do que para as próprias crianças =P

ótima resenha

teh mais

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